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Comissão aprova proposta que prorroga a desoneração da folha de pagamentos até 2026


Objetivo da prorrogação é preservar empregos; fim da desoneração está previsto para dezembro próximo

  A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o  Projeto de Lei 2541/21  , que prorroga de dezembro de 2021 para dezembro de 2026 a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, considerados alguns dos mais intensivos em mão de obra .

Os setores são:

  • 1.          Calçados,
  • 2.          Call center,
  • 3.          Comunicação,
  • 4.          Confecção / vestuário,
  • 5.          Construção civil,
  • 6.          Empresas de construção e obras de infraestrutura,
  • 7.          Couro,
  • 8.          Fabricação de veículos e carroçarias,
  • 9.          Máquinas e equipamentos,
  • 10.      Animal Proteína,
  • 11.      Têxtil,
  • 12.      Ti (tecnologia da informação),
  • 13.      Tic (tecnologia de comunicação),
  • 14.      Projeto de circuitos integrados,
  • 15.      Transporte metroferroviário de passageiros,
  • 16.      Transporte rodoviário coletivo e
  • 17.      Transporte rodoviário de cargas.

 Uma comissão acolheu parecer favorável do relator, deputado  Jerônimo Goergen (PP-RS)  . “A extinção da desoneração da folha representaria obstáculo à manutenção e à geração de empregos, pois agravaria custos de contração para os setores importantes da indústria, dos serviços, dos transportes e da construção”, disse.

“A pandemia da Covid-19 impõe incertezas sobre a recuperação econômica no curto prazo. O ritmo da retomada não se encontra num patamar satisfatório, e os segmentos mais diretamente afetados pelo distanciamento social continua bastante deprimidos. Por isso, não parece oportuno retirar os estímulos fiscais existentes, em especial os de natureza tributária ”, afirmou Georgen.

A proposta aprovada altera a  Lei 12.546 / 11  , que trata de temas tributários. O texto também eleva em um ponto percentual a alíquota de Cofins-Importação para um conjunto de produtos, de forma a equilibrar os custos entre bens procurados no Brasil e no exterior.

“Proponho a continuidade da desoneração da folha de pagamentos para todos os setores que atualmente se valem dela, a fim de promover o bem-estar social e o desenvolvimento econômico”, disse o autor, deputado  Efraim Filho (DEM-PB)  . Já o aumento da Cofins-Importação visa proteger os fabricantes brasileiros.

Vetos presidenciais
Em 2020, o Congresso Nacional aprovou o aumento da Cofins-Importação nos itens que concorrem com a produção de setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. No entanto, ao sancionar a  Lei 14.020 / 20  , o presidente Jair Bolsonaro vetou esse ponto, e o Congresso manteve o veto.

Na ocasião, Bolsonaro também vetou uma prorrogação, até o próximo dia 31 de dezembro, da desoneração da folha para os mesmos 17 setores. O Congresso, no entanto, derrubou esse veto. Na Câmara dos Deputados foram 430 votos a 33 em defesa da desoneração. No Senado, 64 votos a 2.

Segundo o governo, a desoneração até o final deste ano custará R $ 10 bilhões aos cofres públicos. O mecanismo permite que as empresas paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de 20% sobre a folha de salários. Os setores beneficiados dizem que isso ajuda a manter 6 milhões de empregos.

No projeto, Efraim Filho não estimou os custos da eventual nova prorrogação. “Uma análise do impacto orçamentário e das possíveis compensações, assim como de medidas para uma boa governança e a prudência fiscal, pode ocorrer durante o processo legislativo, com a oportunidade de diálogo com o Poder Executivo”, disse.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Ralph Machado
Edição - Rachel Librelon

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Ministro do trabalho defende prorrogação da desoneração da folha de pagamento

BRASÍLIA - O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, defendeu, nesta quarta-feira, a manutenção da   desoneração da folha de salários  para 17 setores intensivos em mão-de-obra.

Ao participar de evento da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), ele disse que a medida poderá valer temporariamente por até três anos.

O assunto está sendo discutido no Congresso Nacional. Onyx disse aguardar uma solução nas próximas semanas.

Celeridade  :   Relator de proposta da desoneração da folha pede votação rápida para evitar desemprego em 2022

- Não tenho nenhuma dúvida de que nessa retomada, por um ano, dois ou três anos, deveria ser fazer um acordo e votar pela manutenção desses setores, que são intensivos em mão-de-obra. O Brasil precisa de fôlego para essa retomada que a gente tem que fazer da economia - disse o ministro.

Após o fim do prazo, seria feita uma avaliação antes de acabar com a desoneração, observou Onyx.

A proposta avaliada na Câmara dos Deputados prevê a prorrogação da folha da desoneração da folha de pagamento  até 2026  para esses 17 setores.

O deputado delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), relator do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já que, caso a medida não seja aprovada, o país pode ter 3 milhões de desempregados a partir de 2022.

Ministério da Economia resiste

O Ministério da Economia é contra a medida, que custaria R $ 8,3 bilhões aos cofres públicos em 2022.

O ministro Paulo Guedes costuma dizer que os encargos que incidem sobre a folha de pagamentos são uma máquina de destruição em massa de empregos, e defende a desoneração para todas as empresas.

Para compensar a perda de arrecadação, uma sugestão dele seria a criação de um imposto digital, nos moldes da antiga CPMF. Não há consenso sobre tal medida no Congresso.

A desoneração começou em 2011

Desde 2011, uma lei permite que alguns setores façam a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos por uma porcentagem da receita bruta das empresas.

Na Câmara   :   Lira diz que o Congresso estuda solução permanente para desoneração da folha de pagamento

Entre os beneficiários estão os setores da indústria (como couro, calçados, confecções, têxtil, aves, suínos), serviços (como TI, call center, hotéis), (transportes rodoviário de carga, aéreo), construção e outros.

Reportagem Geralda Doca

Fonte: O Globo

 

Fonte: Reportagem – Ralph Machado Edição – Rachel Librelon Fonte: Agência Câmara de Notícias / Geralda Doca - O Globo

Data: 12/11/2021

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